Rumo às águas
Ah! Quando o dia amanhece
sob um azul forte, neste céu
é nas águas do rio corrente
que'acalma o vazio, sob véu
(e a poesia se faz presente):
a dor se esvai qual fumaça
A saudade aperta, inclemente
o corpo (que não mais abraça)
- qual ferro, em brasa quente...
Passa na tela um filme bom:
vida em pura completude
- mesmo que tão fulgaz -
mas com tamanha inquietude
que cabe à memória, arteira,
saudade do que não volta mais
a sorrir pra mim toda faceira
(São fatos, singrados da vida)
a formar mosaicos navegantes
d'uma paixão pura - incontida.