Memória, um rio a desabar

Estava a memória a abeirar-se

De repente revolveu-se para trás

E seguiu seu percurso.

Vi-a, descambar rio a fio

Escutei os estampidos da água colidindo nas laterais

Amedrontei-me com a fúria

Quase não consegui acompanhá-la

A memória é um rio que corre ligeiro para trás.

Sônia Portugal
Enviado por Sônia Portugal em 08/06/2019
Reeditado em 08/06/2019
Código do texto: T6668259
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