Memória, um rio a desabar
Estava a memória a abeirar-se
De repente revolveu-se para trás
E seguiu seu percurso.
Vi-a, descambar rio a fio
Escutei os estampidos da água colidindo nas laterais
Amedrontei-me com a fúria
Quase não consegui acompanhá-la
A memória é um rio que corre ligeiro para trás.