_____________________________________

Para o texto: Versinhos nas nuvens (T6678445)
De: Rosa Alves

_____________________________________

UMA ROSA NA ESTAÇÃO AMARELA
.  .  .
.  .  .

Nunca deixarás de ser criança:
papel e lápis na mão,
riscos na parede e no chão.
Lembranças de tua infância,
de quando ainda eras menina
e te vestias de mulher.
- "Mais menina que mulher" -
Na mão, uma vela,
pra procissão:
Avé, Avé,...
 Hino misturado com cantigas joaninas.
.   .   .
Numa escapadinha,
namorado, encabulado,
segurando tua mão de menininha.
E tu, recatada,
esperando ninguém,
alguém que não vinha,
lá na estação do trem.
.   .   .
Atração, distração,
chegada, espera e partida,
como a vida...
As rodas beijando os trilhos
em que o mundo também rodou.
E o trem passou.
.   .   .
Que é da estação?
Aquela de telhado marrom,
paredes amarelas?...
Também viajou.
.   .   . 
E a rosa?
A que o namorado trazia na mão?
.   .   .
A rosa
é
prosa,
é
poesia,
é
mãe,
é
semeadora...
é
professora,
como toda criança
é
...
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 26/06/2019
Reeditado em 22/07/2019
Código do texto: T6682532
Classificação de conteúdo: seguro