É dessa forma que as coisas se apresentam ou como não conseguir trabalhar

Movimentam-se

Do recorte da janela do ônibus

Observo-os

e o silêncio toca a trilha sonora do cotidiano

No trabalho, banalidades nos intervalos entre as reuniões

Meu corpo pede o seu

Com premência

Tento distraí-lo com e-mails e planilhas

Mas ele se impõe

Cobrando a ausência dos seus abraços

E da sua boca na minha

Inquieta, reviro-me na cadeira

Dores me tomam

Tudo lajeta e pede

De novo olho e prometo que não o farei novamente

Para repeti-lo no segundo seguinte

Incoerentemente

Todos os planos caíram por terra

Enquanto queimo

Olhos pregados na tela do computador

Dedos céleres

Pensamento compulsivamente fixado em nós dois

Lyzzi
Enviado por Lyzzi em 11/10/2019
Reeditado em 13/10/2019
Código do texto: T6766608
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