Toada do vagabundo

Fiz tudo nessa vida com gosto

Tentei trilhar o caminho direito,

O problema que não sou perfeito,

E agora me afogo na lama!

Fiz graça da própria existência

O olhar de minha mãe chorosa

Meu pai aos poucos desaprova:

– Desvaneio – Boemia – e drama!

Na loucura fui o que sempre temi

Esqueci-me de lembrar a razão

E com o rosto trincado no chão,

Sorrir desafiando o Brasil!

Sou louco, todos sabem, e daí?

Segui o monólogo do meio-dia

A tristeza em meu rosto sorria,

Meia-noite o diálogo vazio!

Os meus recursos enterrei

E não lutei, nem fiz lutar,

E agora choro, minha lágrima rolar,

O meu peito doe, essa dor!

Fui capacho do meu desejo,

Mergulhado no caminho sinuoso,

Porque jovem ama o que é perigoso?

- Pensa que não sente dor!

Peguei carona com a ilusão

Nesta toada do enredo vagabundo,

Vivi como quem NÃO AMA O "mundo",

Destruindo tudo pela frente!

Oh desgraça, que vida, que chora,

Mas fui tão eu, e isso não nego.

O silêncio em meu peito carrego,

Porque de amor não consigo seguir em frente!

12.07.2018

Ari Poeta
Enviado por Ari Poeta em 06/11/2019
Código do texto: T6788698
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