A conversa do fim.

Pudica você?

Pudica?

Não diga!

Não. Não me diga!

Não me aflija!

Não me minta!

Sinta apenas!

Entregue-se! Afinal, é morena.

Devia ser quente!

(isso é de um machismo.... Mas, argumenta)

Não vem com essa história.

(...)

F R Í G I DA?

Perdão. Sei que não é do agrado.

Mas, eu falo pela experiência.

Posso falar com o meu falo?

Olha só! Já está rígida.

Impassível.

Isso é impossível.

Isso é impensável.

Isso é imprestável.

Isso é imperdoável.

Isso é impraticável.

Intolerável, intragável, inaceitável, imponderável, imiscuível...

(...)

INCRIVEL!

(...)

FRÍGIDA rígida? Cingida dos pés à cabeça como uma devota.

É mística? Prometida em juramento? Isso eu lamento.

(...)

MEDROSA? É uma medrosa? Perdão. Sei que não é do agrado.

Aceito de bom grado que me explique.

(...)

EXPLICA!

Eu estou disposto a compreender.

Não fique assim rígida.

(Apenas, me explica!)

Porque não pude fazer de nós uma coisa mais rica?

Porque desconfiou de mim, assim?

Porquê?

(...)

INEXPERIENTE eu? Então, agora eu me aproveito e quero tirar o atraso...

Deus, pelo que eu pago? Sou apenas homem. Com o mal de ser sincero...

(...)

DEMAIS pra mim!

Dê de si mais um pouco. Já não é nenhuma adolescente. Não. Já não é.

Eu te esperei três anos e esperaria mais dez. Você sabe.

(...)

PROCURA outros ares? Cansou do meu jeito?

Agora que descobriu que eu sou feio?

Estou cheio. Estou cheio.