Vida Minha Ingrata Obscura.

Caminhos que todos têm a trilhar,

Sentimentos sentidos pelos “eus”,

Paredes se fecham a me sufocar,

Desse caminho não há como voltar

Antes do dia ao fim que veio me determinar,

Ando em frente e essas paredes

Estão a se fechar,

Tudo cada, e cada, vez mais estreito,

Ando sem poder respirar,

Agonimiosa sufocante angústia,

Cadê o ar? Meus pulmões estão entrando em falência,

É suicídio de pensamento,

A morte da consciência,

Chutaste meu corpo como pena ao vento.

Viraste-me as costas ainda na infância,

Desde quando me entendo por gente, gente?

Nunca fui tratado por ti como tal,

Vivendo rastejando e me escoando

No esconderijo emocional em meio a mais uma multidão,

Poderes que saem dos pulsos,

No sangue de um infante ancião,

Coração com tato

Aguardando ser tocado,

Olha pra mim!

Enxerga-me, por favor!

Eu valho, tenho o meu valor,

Aguardo por ti nas espreitas das ruas,

Nos esconderijos mentais, no cume dos edifícios

Em meio aos matagais,

No fundo do mar, no centro da terra,

Venha-me,... Encontrar...

Ajuda das mãos de quem vem? Das suas?

Das de quem me lê?

Das de quem me vê? Quem me ouve?

Das minhas próprias mãos, talvez?

Das de quem...?

Abra-me os portões que a mim sempre estiveram cerrados,

Quero! Vem você que me canta,

Você que me encanta,

Minhas ações falam em outras línguas,

Quero que se traduzam em ti,

Por que não há valor no que eu faço e te dou!?!

Faço parte de você

Vida minha ingrata obscura,

Silenciosa luz que rasga o anoitecer.

Jocca Zêmiph (18/06/2008)

Jocca Zêmiph
Enviado por Jocca Zêmiph em 18/06/2008
Reeditado em 18/06/2008
Código do texto: T1040733
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.