Divagando

Vou sorver a brisa que suavemente passa
Refrescar-me, sob o sol, escaldante
Dormir acordada
Vou ser maremoto e vendaval.
Quero chegar e destruir tudo,
Que pela frente encontrar...
Sou geleira e lava de vulcão
Incandescente, que escorre
Queimando esse chão...
Raio, tornado e trovão
Asteroide, explodindo de encontro ao solo!
Hoje sou violência quero destruição...
Depois do caos instalado,
Entro em total, inanição,
Em contração...
Etapa de consumição!
Bummmmmmmmm!
Desintegro!

 Agora?
Sou partícula de pó... 
Partícula de gelo...
Na cauda de um cometa... 
Plâncton, musgo, grão de areia,
Seixo... e uma enorme pedreira
Dando passagem, ao rio e cachoeira.
Sou água pura, cristalina,
Véu de cristal das matas!
Desbravo caminhos rolando,
Agressiva e serena,
Até encontrar o mar...
Nos versos e reversos,
Do meu singelo poema...


Nadir A D’Onofrio

09/04/2004
Santos/ SP

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