Elvira

Vinha pela estrada

e vendo um velho vizinho vindo.

Vi que a minha voz calou.

Trazia na sua mão um garrafão

de vinho italiano.

Vi novamente

e percebi que o velho

não era tão velho assim.

Valeria a pena vê-lo mais de perto.

Verifiquei que o velho também não era velho, mas novo.

Me aproximava vez após vez.

Faltavam aproximadamente

vinte metros para nos encontrarmos.

Quando enfim nos vimos,

vi que o velho, que não era velho;

mas novo, também não era novo.

Era a maravilhosa, bela e viva

Elvira, minha noiva.

Deschamps
Enviado por Deschamps em 24/02/2006
Reeditado em 19/09/2006
Código do texto: T115634