Vem devagar...
 
Vem devagar
Chega bem perto
Afaga meu corpo como a brisa...
Afaga!
 
Vem agora
E vê as nuvens
Que lá no céu também choram...
Vem!
 
Pega uma estrela
Aquela mais brilhante
E traze-a para brilhar em mim...
Traze-a!
 
Chega com carinho
Vou acolher-te bem aqui
Fazer do meu leito teu ninho...
Chega!
 
Vem depressa
Enquanto é noite lá fora
E te aproximas da lua que chora...
Aproxima!
 
Faze um carinho nela
E traze sua luz prateada
Enxuga suas lágrimas esparsas
Enxuga!
 
Desce os montes nesse clarão
Ilumina meu quarto, meu corpo
E deixa as lágrimas inundarem meu chão...
Deixa!
 
Vem envolto nessa luz
Chega sem dissimulação
É tempo de viver o amor
E deixá-lo fluir como canção...
 
Já são horas mortas
 Logo chega radiante a aurora
A luz adentrará janelas e portas...
Do meu ser total!