Pesadelo de Vida


E era uma vida, um lugar,
De um tempo qualquer.
E era um canto, uma esquina,
De uma vida indefinida,
Sem tempo, sem fé.

E o tempo se esvaía
E estava escuro, chovia.
E havia musgos e limos
E a brisa açoitava fria
Por caminhos incertos.

Como no pó volúvel
De uma ampulheta agonizante
O espírito fluía,
Enquanto no esquife,
Ainda quente,
Deitavam no corpo
Uma concha d’água fria...

E era um sonho de morte!
Daquele que arrepia.
Ou era só um pesadelo?!
Um pesadelo de vida...