ÂNSIA DE SOLIDÃO

Às vezes eu rasgo meus dedos nas pontas

Das nuvens e fico sorrindo e sangrando,

Para que alguém veja o meu sorriso,

ou mesmo o meu choro.

Mas, que alguém, por favor note que estou.

Estou com todo medo...

O medo que senti na hora de nascer,

O medo que senti na hora de crescer.

Muitas vezes choro a melodia interrompida,

Ou a música que não foi cantada.

Então me vem aquela ânsia de solidão

E eu me pego revolvendo o céu, buscando respostas

Para as perguntas sem sentido,

Para os acasos que acontecem,

Isentos de qualquer lógica.

Por isso, às vezes tenho a impressão

Que enloqueço...

Quando procuro e não acho,

Ou quando encontro e me perco.

Ayla Alvim de Paiva
Enviado por Ayla Alvim de Paiva em 19/07/2006
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