ÂNSIA DE SOLIDÃO
Às vezes eu rasgo meus dedos nas pontas
Das nuvens e fico sorrindo e sangrando,
Para que alguém veja o meu sorriso,
ou mesmo o meu choro.
Mas, que alguém, por favor note que estou.
Estou com todo medo...
O medo que senti na hora de nascer,
O medo que senti na hora de crescer.
Muitas vezes choro a melodia interrompida,
Ou a música que não foi cantada.
Então me vem aquela ânsia de solidão
E eu me pego revolvendo o céu, buscando respostas
Para as perguntas sem sentido,
Para os acasos que acontecem,
Isentos de qualquer lógica.
Por isso, às vezes tenho a impressão
Que enloqueço...
Quando procuro e não acho,
Ou quando encontro e me perco.