APENAS UM PAPEL BRANCO

E me pergunto:

Quem ou o que é este papel branco?

Que largado à minha frente,

Posto, indolente,

Sobre a escrivaninha,

Na mão que é minha,

Se faz objeto de adoração?

Ah, quanta emoção

De olhar devotamente

Para o papel-branco à minha frente

E num esforço de mente,

Na inspiração do ser,

Daquele simples papel

Brotarem asas que ao céu

Meu sentimento vai enaltecer.

Ah, papel-branco

Dedo manco que sou!

Como fazer de você

Meu papel puro e perfeito,

Jeito alegre, sem defeito,

Um sonho de amor a dois?

Eu sou pequeno e frágil,

Mas com você ao meu lado

Meu papel e meu pensar

Escreverei lindas frases

Num coração muito ágil

Que sonha em sempre te amar.

Hoje e, lembre-se,

Eternamente nós!

Papel com escrita de amor.

Papel com escrita e sabor.

Me acompanhe!

Não me deixe a sós!

ALEX GUIMA
Enviado por ALEX GUIMA em 13/10/2006
Reeditado em 14/10/2006
Código do texto: T263754