A MÁQUINA LÍRICA
Trinta e duas formas de dedo
abrem-se para a letra
branca, ainda inconquistada
Que música está, que mundo
para lá do batimento em harmonia
que saltos sobre as teclas
atingirão outras galáxias
As palavras, até as hesitantes
acabam por quebrar o silêncio
do papel
Poemas, sonhos, visões de metal
repousos em pastos verdejantes
águas que reflectem azul
a tranquilidade do céu
Esta máquina lírica é o dia
mais livre da minha vida.