A MÁQUINA LÍRICA

Trinta e duas formas de dedo

abrem-se para a letra

branca, ainda inconquistada

Que música está, que mundo

para lá do batimento em harmonia

que saltos sobre as teclas

atingirão outras galáxias

As palavras, até as hesitantes

acabam por quebrar o silêncio

do papel

Poemas, sonhos, visões de metal

repousos em pastos verdejantes

águas que reflectem azul

a tranquilidade do céu

Esta máquina lírica é o dia

mais livre da minha vida.

João Tomaz Parreira
Enviado por João Tomaz Parreira em 28/01/2005
Código do texto: T2676