O QUE ME COBRE SÃO BESTEIRAS
Quando me abater a alcunha
Soldando em minh’alma o “rip”
Soltarei berros de escumadeira
Restos de atiradeira
Rumos de escultura.
Estarei em ninhos de passarinho
Meio terno, meio mesquinho
A me retomar de mansinho
Hora vaga, vaza pouco
Nas ondas, no oco.
Assim, sorverei o sorvete de prata
A mala da alma em prol da lua
Que sua, que soa, que rima
E nos hinos, rua
Moleque faceiro, cosendo o mundo inteiro.
Nas margens do silo
Todos os nós me comem por ligeiro
Nas dádivas do manancial
Em cânceres e tal
Legado da vida
Inchaço do mal.
Sou primo em estar no sal
Só rimo sem lesar a nau
Não cismo por afeto legal
Gosto...
Gozo...
Sofro por tudo que é cal.