A tábua

Eu, caminhando pela tábua

Escorregando em meu solado

Alisando a cara triste no chão duro

Esparramando meu silêncio neste contexto

O que não exige de nós um sentimento?

O que nos move, nos retém

Assegura que o portal é o limite

Depois dele só há medo...

Você vem, dissipa minhas ilusões

Encontrar seu caminho no meu caminho

Na minha tábua, onde não cai

Você destrói o vento, acerta o tempo

Eu, derrapando em meus passos

Conheço os limites, sempre mais um

Cada passo uma conquista sua

Cada deslize, o vento, que ora nos move, ora nos contém....

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 03/10/2005
Reeditado em 03/10/2005
Código do texto: T56113