A tábua
Eu, caminhando pela tábua
Escorregando em meu solado
Alisando a cara triste no chão duro
Esparramando meu silêncio neste contexto
O que não exige de nós um sentimento?
O que nos move, nos retém
Assegura que o portal é o limite
Depois dele só há medo...
Você vem, dissipa minhas ilusões
Encontrar seu caminho no meu caminho
Na minha tábua, onde não cai
Você destrói o vento, acerta o tempo
Eu, derrapando em meus passos
Conheço os limites, sempre mais um
Cada passo uma conquista sua
Cada deslize, o vento, que ora nos move, ora nos contém....