Luz do sol.

Vivia em preto e branco,

talvez em nuances de cinza.

As cores das tintas

Reservava para o quadro.

No meio da sala,

Esperava o sol

para jogar as cores na tela virgem,

e pintar,

e se lambuzar de vida...

de tanto esperar,

cansada, caída,

jazia no chão

quando a luz pela janela entrou...

então, lentamente despertou.

o quadro esperava,

imaculado e branco.

as mãos tremeram,

as tintas escorreram

parindo na tela o belo...

o indivisível raio de luz

Em espasmos de prazer,

Pela ultima vez gargalhou

A alma colorida seguiu o derradeiro raio de sol.

Jeanne Geyer

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 27/12/2016
Código do texto: T5864878
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