Cainita
Nas sombras um vagar eterno
De sede e solidão
Sofrimento sem consolo fraterno
Das vidas que se esvaíram
Existência atormentada
Pagando por sua maldição
Consolo em cada dentada
Das gotas de sangue que jorrarão
De amar fora privado
Da luz solar amaldiçoado
Mas não é mero coitado
É predador canibalizado
Em seu eterno caminho,
Com sua eterna luta
Em sua cruzada, sozinho
De sua consciência a besta desfruta
Do sangue é escravo
Para mais sangue obter
Das chagas e escárnio;
Viver não é sobreviver.
Gustavo Fernandes
Enviado por Gustavo Fernandes em 12/10/2005
Código do texto: T59082