VILA TINTA

Tenho dias de silêncio

Temperados com oxônio e arsênio

Tenho dias de desespero

Temperados com descaso e medo

Tenho dias...

... Que não são meus

Tenho as tardes de madrigais

Tenho esperas temporais

Tenho mato e lodo crescendo marginais

Aos olhos da tempestade

Fins da tarde...

... Que não são meus

Tenho as muralhas da noite

O açoite solitário

Da tua companhia

Enforca e alivia

Sonhos...

... Que não são meus

Às vezes gostaria de sussurrar teus nomes

Pedras orbitais... Azuis

Frases de hortelã Anis

Alados pensamentos, sentimentos, dores...

... Que não são meus

“Luci serene e chiare,

Voi m’incendete, voi, ma prova il core

Nell’incendio diletto, non dolore.

Dolci parole e care,

Voi mi ferite, voi, ma prova il petto

Non dolor nella piaga, ma diletto.

O miracol d’amore!

Alma che tutta foco e tutta sangue

Si strugge e non si duol, more e non langue”

(Carlo Gesualdo, 1518)

Informe: Há três hipóteses para sua etimologia: matricale, canto popular materno; materialis, como componente poético profano e matricalis, canto polifônico de igrejas. Madrigal pode referir-se tanto à forma poética e musical que ocorre na Itália no séc. XIV quanto a partituras sobre versos seculares, nos séc. XVI ou séc. XVII

Madrigal – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Madrigal

OTAVIO JM
Enviado por OTAVIO JM em 16/05/2018
Reeditado em 30/05/2018
Código do texto: T6338219
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