PROSTERNAMENTE INÁLITO

No caos simbiótico da homilia

rastros restaram de constelações.

Estrelas perdidas apagaram-se ferétricas

rígidas, cadavéricas e quase gélidas.

Sem vida e enferrugentado... já não ri,

um espectro irrisonho, sem riso, sem nada.

Inerte, não há lamentos,

imóvel, não há lagrimas,

pois a vida toda foi um lapso de suspiro

em agonia toda a vida.

Lembranças sonarmente nuas e afônicas

purulam-se sépticas em bisturis de mágoas,

esganiçadas de silenciosos gritos agudos.

Quando cessará o ardor do desamor

insistentes na memória?

Quando definhará do âmago agonizado

as restingas de saudade?

Prosternamente inálito sigo cego, surdo

[e grito!

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Tony Antunes
Enviado por Tony Antunes em 15/06/2018
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T6365116
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