PROSTERNAMENTE INÁLITO
No caos simbiótico da homilia
rastros restaram de constelações.
Estrelas perdidas apagaram-se ferétricas
rígidas, cadavéricas e quase gélidas.
Sem vida e enferrugentado... já não ri,
um espectro irrisonho, sem riso, sem nada.
Inerte, não há lamentos,
imóvel, não há lagrimas,
pois a vida toda foi um lapso de suspiro
em agonia toda a vida.
Lembranças sonarmente nuas e afônicas
purulam-se sépticas em bisturis de mágoas,
esganiçadas de silenciosos gritos agudos.
Quando cessará o ardor do desamor
insistentes na memória?
Quando definhará do âmago agonizado
as restingas de saudade?
Prosternamente inálito sigo cego, surdo
[e grito!
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