NUVENS DE PEDRA
Nesta noite nebulástica
sobre um cavalo
o tempo solapará.
Trombetas em silêncio soarão
estrondosas sonatas madrugais.
Gemidos em decibéis insuportáveis
transposicionar-se-ão nas
amarguradas almas.
Em alaridos, as superstições
comandarão o transe
no céus do palato mole de um.
O medo não pagará o dízimo,
com mãos em figas, dar-se-ão
carícias de quimeras.
O azul celeste cinzará-se-á
em câmara lenta,
e as nuvens de pedra
cairão em nossas consciências,
cobrando alto cada vintém.
Palmares, 14/07/18
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