Esclerótica Côncava
Calma, aprenda a sentir os anis anestésicos.
Licorosos e espumantes pensamentos, Orpheu!
Nega-te! Negue sua ilusória existência!
Fingirás, então, a dialética demagógica, além do Olimpo.
Pois remarás em remansos, morrerá no Aqueronte em prantos!
E ficará pasmo ao cantar a Caronte, sem nenhum encanto,
A inédita reprise desse canto!
(ARCHANGELO, A. Ápeiron, Ed. Buriti, 2019)
https://www.poesiasnonsense.com/2010/03/esclerotica-concava.html