Vômito
Abre-me pela boca
Esvazia-me, virando me de cabeça para baixo
Derrama-me sobre esse chão gelado.
Observa-me, deslizando sobre a superfície áspera que aos poucos me absorve.
Agora, com qualquer pedaço de pano limpa esse chão sujo pela minha presença.
Torce-o até não restar nenhuma gota!
Estende-o em frente ao sol, para que eu possa evaporar e subir aos céus em um ciclo interminável de fases.
Pega o líquido que sobrou e o derrama novamente, mantenha-me vivo, mantenha-me infinito.