Licença para amar

Entre a sístole e a diálise

se perde meu coração cego,

convencido, ferido e ferindo,

sonhando que a doce ilusão

jamais o deixe desanimar

nesse destino irreverente,

suplica licença para seguir

sem sangrar de tormento

ante os percalços previstos

dos pecados involuntários

de um menino envelhecido,

que escala o amor teimoso

no destino mais acidentado,

rumo ao auge do infortúnio.

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 18/10/2007
Reeditado em 18/10/2007
Código do texto: T699843