Figura lúgubre

Quietinho

No meu cantinho

Me vem a inspiração

Da aorta ao coração

 

De observar a tudo me proponho

Penso em mim e no sonho

De me tornar mais humano

E cada dia menos insano

 

Dalí observei

Aquele sorrateiro, e olhei

Me olhou de soslaio e disfarçando

Ciente da falsidade, me desafiando

 

Figura lúgubre sem empatia

Tudo que falava sem sabedoria

Não suportou o peso da cruz

Porque as trevas não têm comunhão com a luz

(Paulo Eduardo)

 

 

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 07/12/2021
Reeditado em 07/12/2021
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