MONSENHOR DEOLINDO COELHO

“Abênça pade Deolindo!”

era assim que dizia

a matutice do pobre

com lastros de cortesia.

Se alguém lhe tocava a mão,

outros a beijavam então,

pediam-lhe a intercessão de Deus

para a cura de um irmão.

Reverentes suplicavam

o perdão na confissão,

tantas vezes requeriam

para um enfermo a unção.

-Servia bem, com alegria,

sem nunca arder-lhe a feição,

igual esmero imprimia

à tão grandiosa missão

de levar aos filhos: luz,

requinte, amor, devoção;

foi seu grandor revivido

a cada dia com emoção.

Verdadeiro seguidor

de Cristo na vocação,

Vigário amado e feliz

viveu entre nós então.

Resoluto, enfim, se fez

soldado, da fé guardião;

esplendor, saudade e glória

deixou-nos no coração.

Que seu exemplo de vida,

se transforme em oração.

Zecar
Enviado por Zecar em 02/05/2005
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