ARGONAUTAS

Eu deponho as armas, Gabriel

Por essas palavras-estrelas que vêm

Da boca dos Anjos cuspidas do céu

Não, não vou falar mais de Amor

Não, já não importa quem Eu Sou

Há alguns instantes eu vi na t.v.

Um astronauta beijando um E.T.

O fim do mundo não é solução

Mas assossega o mar da ilusão

Ela faz de tudo que eu gosto

Doces portugueses que eu devoro

Traz café na cama

Chá de anis

Ela tem o dom de me deixar feliz

Nave, Nave Alfa

Gravei sua mensagem em minha alma

Nave, Nave Alfa

Entre o eterno sono e a calma

Terra obscura

Declínio dos atlantes

Diga se a Natura já nasceu agonizante

Hei, é com você, Bom Gabriel

A batata quente caiu na sua mão

Agora invente o Luar do Sertão

Os Argonautas perderam o equilíbrio

E derramaram nos homens o castigo

Nave, Nave Alfa

Gravei sua mensagem em minha alma

Nave, Nave Alfa

Entre o eterno sono e a calma

Vou solitário num rio de leite e mel

E vejo pilhas de peixes no céu

Enquanto poucos dividem os pães

Os Querubins abduzem corações

Caco Nemer
Enviado por Caco Nemer em 28/05/2005
Reeditado em 28/05/2005
Código do texto: T20434