URSO DE PELÚCIA
As vezes ,fico ali.... pensando..
Naquele cantinho da consciência
De Onde remexer os desejos
É visitar a inconsciência,
Olhando para sí,
Se conhecendo por dentro
Fico então percorrendo esse caminho
Cutucando dores e risos, sorrisos e lágrimas
Sempre no limite, no abismo,
como quem anda propositalmente
e perigosamente sobre a linha do trem
Me encontro menina, cheia de medos,
Plena de incertezas,
Agarrada aos sonhos, amante inseparável
Do meu urso de pelúcia
Noutra hora sou absoluta, guerreiro em
Campo de guerra, pronta para o ataque certeiro,
O proximo passo é sempre o proximo sonho,
Não dá tempo para acordar,
Não dá tempo pra sonhar.
Que eu seja as duvidas necessárias,
a mediocridade proclamada e mantida calada,
O absurdo e a clareza
A certeza que sou tudo
E ao mesmo tempo sou nada
Me permito então ser menina,
Brinco de criança com minha inconsciência,
Me purifico de mim, e faço esse mergulho
irracional, me visito, me reconheço,
E me fortaleço, com a energia necessária
Surjo forte, levanto-me,
sinto os calos conquistados na estrada,
e para prosseguir
É preciso caminhar, amaciar as dores,
Até que por direito os céus me ilumine
E me permita assim,
Visitar o meu eu,
Minha menina,
Minha consciencia.