Decisões e Reticências
O triz do possível,
É o instante soberano
Do devir, do mutável.
A provável história,
Sempre é a possível certeza,
Do incerto, do que pode vir a ser.
Vir a ser um ponto final,
É o encerramento da frase: vida.
As reticências, com seu silêncio,
É sim o início do parágrafo: viver.
Com a constante da mudança,
Nossas variáveis dão graça ao inerte,
E aquilo que vemos como estático,
Desejamos que caísse na mudança do se...
Se, é a condicional,
A força motriz,
Do talvez, quem sabe.
Decisão é fissão do certo,
A mutação do estável,
O inicio do eco, do hiato.
O controverso cria-se e pulsa,
Contra meus versos vem de frente.
E a poesia nascida do talvez com o se,
É uma pequena estrofe do livro do possível.
O homem em seu acordar,
Cai na estrada de muitos caminhos,
E ao levantar os olhos vê placas
Que apresentam os vários ses e pontos finais.
A graça do homem é ver reticências onde está.