CÉLULA FOTELÉTRICA
Há fragmentos de mim,
arrancados da minha’aura,
que guardarei na gaveta.
E quando eu me faltar,
num futuro bem distante,
eles me ressuscitarão em preto e branco
espalhados sobre a celulose morta
como se fossem a parte ausente
que guardei atrás da porta
para um dia completar a minha ausência
e confortar quem a suporta.