A MAIAKÓVSKI
Arcanjo príncipe dos poetas, exegeta do nada e do tudo; Anjo, serafim, da palavra fez sua lança, espada, escudo; Ó argonauta  das estepes gélidas da Rússia! “Onde ‘‘ nas calçadas pisadas de tua alma” e por onde "nuvens coagulam" pedes que "penteiem as tuas  orelhas" e que costure tuas calças pretas com o "veludo de tua garganta", Ó Vladimir; Em teus céus "flutuam trapos de nuvens"; Tua poesia é martelo, é bigorna;  Ó   príncipe dos poetas! Salve Vladimir! “Como dizes “é preciso que o poeta seja mestre da vida”;  Tu és mão na luva, encaixe perfeito; Não costumas” cair por qualquer charme”, pois se não fosses poeta" seria astrônomo por certo...";  O amor desenferruja a engrenagem do coração; Fez do teu peito uma barricada; do teu coração uma comuna; e de tua alma uma jangada; onde buscas” a nudez da palavra precisa”;” todo mundo sabe, que o coração tem moradia certa, fica  bem no meio do peito,  contigo, “a anatomia ficou louca" "- és  todo  coração!" Ó grande  Vladimir; A propósito: “vamos encher a cara e afogar as penas no vinho?"  ·. 
 
 
Labareda
Enviado por Labareda em 21/06/2014
Reeditado em 07/08/2019
Código do texto: T4852778
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