COGITO ERGO SUN

(Sócrates)

Põe-me aqui teus motivos!

- Os deuses sabem tudo?

- Sim, por isso são deuses!

- Mas eles divergem, contudo?

- Divergem sim, às vezes...

- Logo, os deuses são relativos...

A vida é uma premissa aberta,

Ter dúvida é a vida certa!

(Platão)

Paira no mundo sensível

À cisma de conjecturas.

Viajando no invisível,

Berço das idéias puras.

No Reino da plenitude,

Onde o Ser tem esperança,

O escravo da finitude...

Busca, busca e não alcança...

(Agostinho)

Diante do proibido,

O ser tem duas escolhas...

Usando do livre-arbítrio,

Escolhe o bem ou o mal.

Cobrindo o corpo com folhas

Ou comendo o fruto vedado.

O homem é um animal,

Tão livre e tão condenado!

(Espinosa)

Sou livre! Grita o escravo.

Liberto dos seus grilhões.

E esquece que está cativo

Em corda de nós dobrados,

Tecidas por suas mãos.

Mas, pensa o seu senhor,

Que goza de melhor sorte.

Pobre homem enganado!

Cativo em gaiola maior.

(Descartes)

Sou vítima de um gênio maligno

Que tenta me iludir com sofismas.

Porém, no meu próprio raciocínio,

Me defendo de tais estigmas.

O meu natural existir consigno,

Pois, se eu penso, logo, existo!

Eis aí o meu vaticínio!

Nesta verdade eu insisto.

(Nietzsche)

No lado escuro da Lua

Levanto impropérios ao Céu

Porém, que triste amargura

Que solidão neste bréu

Por que Deus não se irrita?

Não manda logo o castigo?

Para um confuso heremita...

Que vaga no infinito.

(Kierkegaard)

No possível, tudo é possivel!

O ser é o próprio existir.

Em minha particular verdade,

Torno o ser mais tangível.

Exercendo a minha faculdade,

Sou livre para bem decidir...

Porém, a angústia me oprime...

Diante do Deus imarcescível.

(Sartre)

Antes eu era um tigre

Hoje sou uma cotovia

Nessa insana alteridade

Me reinvento todo dia.

E nessa minha angústia

Sou condenado a ser livre

Para fazer minha verdade

Para iludir-me na mentira.

(Marx)

O mal é a propriedade!

Viver é ter patrimônio.

E nesse pandemônio,

Existe uma alternativa...

A luta do proletariado,

Retendo a mais-valia

Da sua produtividade

Para uma vida coletiva.

(Rousseau)

O homem é bom por natureza,

A sociedade o corrompeu.

E assim se criou a pobreza,

A desigualdade quem venceu.

Devemos voltar ao estado de natureza,

Onde a liberdade é real.

E assim viveremos com singeleza,

Sem opressão ou mal.

(Foucault)

O poder é onipresente,

Nas relações sociais.

E a verdade é relativa,

Sempre moldada pelos mais.

A prisão é uma invenção,

Para controlar o diferente.

A resistência é a solução,

Para ser livre verdadeiramente.

(Derrida)

A linguagem é limitada,

Nunca expressa a verdade plena.

Sempre há uma interpretação,

Que transforma a realidade em cena.

E assim vivemos na diferença,

Sem uma essência fixa ou verdade.

A desconstrução é a presença,

Da liberdade na diversidade.

(Butler)

A identidade é performativa,

Não algo que se tem ou é.

E assim criamos nossas vidas,

Com atos que nos fazem ser.

Mas a norma nos oprime,

Querendo-nos enquadrar.

A resistência é o grito,

Da liberdade a se manifestar.

(Haraway)

Somos cyborgs, seres híbridos,

Mistura de natureza e tecnologia.

E assim vivemos em redes,

Em constante conexão e simbiose.

A categoria de gênero se expande,

Não mais presa ao binarismo.

E assim criamos novas formas,

De ser livre, no mundo em colapso.

(John Locke)

A mente humana é como uma tábula rasa,

Sem conhecimento inato ou ideias prévias.

Tudo o que sabemos vem da experiência,

Que nos fornece as ideias que criamos.

E assim criamos nossos direitos naturais,

De propriedade, liberdade e vida.

Que devem ser protegidos pelo Estado,

Para garantir a ordem e a justiça.

(David Hume)

O conhecimento humano é limitado,

Pela experiência sensorial que temos.

Não podemos conhecer a essência das coisas,

Apenas as impressões que recebemos.

E assim criamos nossas crenças e hábitos,

Que guiam nossas ações e pensamentos.

Mas a razão não pode justificar nossas crenças,

Que dependem da fé ou da tradição.

(Immanuel Kant)

A razão é a base do conhecimento,

Que permite julgar o certo e o errado.

Mas a razão tem limitações,

E não pode conhecer as coisas em si mesmas.

Assim, criamos nossas próprias regras morais,

Que devem ser seguidas universalmente.

E assim criamos a ideia de dever,

Que nos obriga a agir de acordo com a moralidade.

(Friedrich Engels)

A história humana é marcada pela luta de classes,

Entre a classe trabalhadora e a burguesia.

O capitalismo explora o trabalhador,

Para acumular riqueza nas mãos dos poucos.

Mas a revolução proletária é inevitável,

E o socialismo é o futuro da humanidade.

E assim criamos uma sociedade justa,

Onde cada um contribui de acordo com suas habilidades,

E recebe de acordo com suas necessidades.

(Zygmunt Bauman)

Vivemos na era da liquidez,

Onde tudo é efêmero e volátil.

A modernidade nos trouxe liberdade e individualidade,

Mas também a incerteza e a insegurança.

Nós somos como consumidores em um mercado global,

Sem raízes ou conexões duradouras.

E assim criamos nossas identidades fluidas,

Que mudam constantemente de acordo com as circunstâncias.

Mas precisamos encontrar uma nova forma de solidariedade,

Para enfrentar os desafios do mundo líquido.

(Jesus Cristo)

Eu sou a luz do mundo,

A verdade que liberta.

Meu reino não é deste mundo,

Mas de amor e paz completa.

Amar a Deus e ao próximo,

Esse é o meu grande mandamento.

E por amor, eu me entreguei,

Pela humanidade meu sofrimento.

Mas minha ressurreição,

Mostra que a morte não tem poder.

E que em mim, há vida e salvação,

Para todo aquele que crer.

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 23/09/2019
Reeditado em 18/04/2023
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