Todos foram embora...

Estou só, neste meu deserto;

Nesse oásis de vida que me tornei;

Às vezes aparecem para matar a sede;

Depois partem sem pena de mim...

Decerto que a vida se tornou mais serena,

Apesar das tempestades das almas,

Que às vezes nos fazem gritar,

Em pleno enfurecer desalinhado...

Mas tudo se acalma, num repente de clareza,

Já não importam mais os feitos e as certezas;

O que importa são os resultados recebidos...

Mesmo que não lembrem do seu bem,

Ele te segue pelo teu caminho...

E dos espinhos que machucaram,

Ficaram as rosa com suas belezas e aroma divino...

Olho pra mim e vejo os frutos colhidos;

No meu oásis guardo as compotas,

Preparadas com muito carinho;

Doces lembranças a alimentar minh' alma...

Então olho ao meu oásis profundo,

Percebo o silêncio dos ventos calmos,

As tempestades já não me põe medos,

Pois uma fé transborda dentro de mim...

Não importa mais tanto quem vai

Ou quem chega pra me dizer te amo

As amizades são vidas que seguem

E nem todas são eternos caminhos paralelos...

Das dores dos adeus, as cicatrizes

Ainda doem ou sangram às vezes

Então as lágrimas molham meu sentir

E eu vejo o quanto os amei...

Mesmo quando todos forem embora

E eu não estiver mais

Levarei comigo os amores

Dos frutos que aqui plantei...

Sinto muito!

Eu agradeço!

Me perdoem!

Eu amo vocês!

Eu me importo!

Levo cada um que amo, amei e amarei,

Eternamente no oásis sereno do meu coração.

Maria Tereza Bodemer
Enviado por Maria Tereza Bodemer em 24/05/2020
Reeditado em 25/05/2020
Código do texto: T6957052
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