Ancestrais

Sacudo o pó

Desse livro antigo

Que vezes sem conta li

Estava eu ainda só

E nesse ombro amigo

Me achei e me perdi:

Viajei sem rota traçada;

Recuei milhares de anos luz;

Ajoelhei perante a estátua sagrada;

Carreguei a sua cruz…

Antepassados que perpetuei,

Não fosse o seu

Um perpétuo caminho

Cuja rota eu encontrei

Na herança de um pergaminho.

Essas sábias linhas

Que suas mãos

Calejadas me destinaram,

Destino-as hoje a meus irmãos

Para que nas entrelinhas

Vejam como até aqui chegaram.

Foram contos;

Foram histórias…

Ontem os li;

Hoje os reli…

E assim são as memórias

Que aqui e ali escrevi!

artescrita
Enviado por artescrita em 10/12/2005
Código do texto: T83596