NÃO ENTENDO AS MULHERES (GOSTO CÍTRICO)
São sempre as brumas; este universo me atrapalha
Amolgando minhas costas; hora balde, hora suspiro
Não entendo as mulheres, frias como caldeiras, arredias
Um laço forte e um passo em direção ao nada, corpo debaixo da escada.
Meu ‘eu’ devora, tranquilamente, um átimo doce
Medo de lhe ter e de ousar a dor
Leso por ter de influenciar este amor
Que tinha pétalas, que abluía os fantasmas, como escrito em dia cálido.
Eis, que a síncope do ardor range nas falésias
- todas douradas; nas mesas, velas [todas apagadas]
Continuo distante e mais alma me entra e me alveja
Com o sorriso esdrúxulo pelas lentes de contato – se puder, eu mato.
Mas, qual o quê?
Sou como pedra no mar, inconstante e viril
Que de tanto um inglês observar, rasgou-se ao meio
Infinito seio a me cobrir de alcunhas
Nesta serei teu fã, mulher da vida
Por esta, terei um imã a me cobrir de turras...
Só para não dar a alma a sorver
(E esta flor não seca; e este amor não cessa).