TODAS AS FACES DA VIDA – SUAS FASES CADAVÉRICAS
Eis que me trouxe a carpa ao destino dos fracos
- sim, porque só os fracos ateiam brasa ao destino -
Mesmo as olhiagudas nuvens me prendendo de fianco, acedi ao convite.
Ali estava a vida, toda nua, mergulhada em fósseis cadavéricos
Meio lesas, as outras faces da impureza
Com o perdão pela franqueza, fediam a enxofre.
Se vos disser que limas tive a esculpir os nódulos
Não fi-lo!
Hesitei e mantive o "eu" na corda do passado
Já assim, recado
[quanto mais eu resistia, mais o universo ressentia].
Pobre pecado!
Braço esquerdo de quem rói de lado
Outra fraqueza abrupta, tola e hipócrita
Faz a Monarca bater as asas parecidas
- eu disse parecidas?
Sim, sobretudo porque rosas e versos não se compõem como escalas musicais
São como intempéries dominicais: vêem, rebrotam, usurpam e quando se atina, já nos arrancou a douta consciência
Não há manjar para a clemência.
Apenas um pesar me cobre por inteiro:
Caducar como a serrapilheira sobre o catre que se estende
É a maneira mais voraz de se interagir com a vida que se prende
- mas, nunca, em reles hipótese, permita-lhe vazar entre os dentes.