Diálogos de uma louca.

Mentira! Eu que sempre o procurei e mandei cartas abobalhadas pedindo perdão. Criei toda uma historia de amor e publiquei numa manchete popular, porque é bonito dizer que temos um amor. Quis crer o tempo todo que ele me amava e que eu nunca seria outra na vida dele, que sempre seria a primeira dama o primeiro amor. Eu que quis chorar e me entregar e me apaixonar por sempre querer algo que me fizesse bem. Será que é errado querer dar amor em abundância? Não sei, mas fui eu, somente eu que liguei pra saber onde estava e onde dormia. Pra saber do café da manhã, do almoço e da janta. Eu que só queria ser amada. Menti pra mim quando tudo era vago, continuei mentindo e alimentando minha loucura. E amei, amei ensandecidamente. E chorei até ficar sem pó, sem lápis e sem batom. Porque achei que esse amor de todo não era só meu. Que era um amor também amado. Mas um amor cheio de breves e fatores, cheio de mais ou menos. Parei de ser menininha aos quinze anos, mas continuei a acreditar nas historinhas de contos de fadas. Mas será que isso é pecado, querer viver só de amor? Continuo a olhar o telefone de três em três minutos, porque no meu velho achismo, ele ainda hoje vai ligar pra mim... É assim que acontece nos contos de fadas.

Aline S Silva
Enviado por Aline S Silva em 16/07/2008
Código do texto: T1082811
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