APRECIA UM PENSAR? – A LÓGICA DA ALMA
Num deslumbramento da alma
Palavras aportam no séquido sangue insano
Recobrada a inconsciência Severina
Pouco mais de tenras idéias margeiam e ladram.
Instantes são ovos em cascas miúdas
Que, quando eclodem, não escrevem livros
Mas, quando suportam, rompem com a dor
Filosofia inédita – a cor condensada do curtume.
Em lado vão enclausurado ruma, cega, a lua
Em desvarios apoéticos, quase anafiláticos
Santa em ungir com a lágrima, a face obscura
Quiçá naveguem pelos ares, mores e maiores mares.
Num espancamento da alma
Rebrotes atingem, sápidos, a mente sã
Num clã pedinte, em meias teias
Afora, um galo se arriscou a cantar... mansinho.
Entorpecidas, corujas limpam a baba com as falanges do tempo.