APRECIA UM PENSAR? – A LÓGICA DA ALMA

Num deslumbramento da alma

Palavras aportam no séquido sangue insano

Recobrada a inconsciência Severina

Pouco mais de tenras idéias margeiam e ladram.

Instantes são ovos em cascas miúdas

Que, quando eclodem, não escrevem livros

Mas, quando suportam, rompem com a dor

Filosofia inédita – a cor condensada do curtume.

Em lado vão enclausurado ruma, cega, a lua

Em desvarios apoéticos, quase anafiláticos

Santa em ungir com a lágrima, a face obscura

Quiçá naveguem pelos ares, mores e maiores mares.

Num espancamento da alma

Rebrotes atingem, sápidos, a mente sã

Num clã pedinte, em meias teias

Afora, um galo se arriscou a cantar... mansinho.

Entorpecidas, corujas limpam a baba com as falanges do tempo.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/07/2008
Reeditado em 21/07/2008
Código do texto: T1091365
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