Dois amantes à Baudelaire

Dois corpos se desfazeram em retalhos naquele início de tarde

quando o vento já movia os galhos de um outono que ardia a nostalgia de uma paixão perene.

Enquanto a arte mantinha a chama acesa, coloram sobre a mesa versos ressoantes para os pensamentos se manterem vivos.

Juntos, desapodreceram frutos caídos das árvores e desarmargaram o féu das dores das saudades em delícias de sentimentos que pairaram diante da cena de dois amantes se embreagando de vinho, de poesia e virtudes.

Brenda Marques Pena
Enviado por Brenda Marques Pena em 04/08/2008
Reeditado em 04/08/2008
Código do texto: T1113034