PALAVRA DE POETA

Venta...

Venta e toda a poeira do mundo se assenta

Tão pouco tempo a jubilar teu vezo - deita a palmeira

Não se ouve nada mais que o beijo do dia – incesto.

Venta...

Pra trazer cá, imensas verdades convolutas

- o gosto azedo da enxada cravada no céu da boca.

Venta...

Sempre que uma fábula lhe romper os tímpanos

Achados são os átimos a lhe comover (fagulha)

Sábios se comovem com o tempo – não o vento!

Venta...

A tentar mover o termo latino a esse sentimento encouraçado

Por magia e uva, a poeira não baixou – afivelou seu capacete

Por mais que vente em moleira sua, assuma a porção que tenta.

Tente...

Não se seduzir com as palavras que rufam nas minas

Para todo o caminhar nas alamedas de rosas

Por debaixo dum colo macio e eterno – assim espero!

Conquanto o vento não lhe seja amigo

Aja com naturalidade; entorne o chorume

E ascenda ao verso plácido do hino – do limo...

Universos serão criados.

Palavra de Poeta!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 06/08/2008
Reeditado em 29/06/2009
Código do texto: T1116066
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