PALAVRA DE POETA
Venta...
Venta e toda a poeira do mundo se assenta
Tão pouco tempo a jubilar teu vezo - deita a palmeira
Não se ouve nada mais que o beijo do dia – incesto.
Venta...
Pra trazer cá, imensas verdades convolutas
- o gosto azedo da enxada cravada no céu da boca.
Venta...
Sempre que uma fábula lhe romper os tímpanos
Achados são os átimos a lhe comover (fagulha)
Sábios se comovem com o tempo – não o vento!
Venta...
A tentar mover o termo latino a esse sentimento encouraçado
Por magia e uva, a poeira não baixou – afivelou seu capacete
Por mais que vente em moleira sua, assuma a porção que tenta.
Tente...
Não se seduzir com as palavras que rufam nas minas
Para todo o caminhar nas alamedas de rosas
Por debaixo dum colo macio e eterno – assim espero!
Conquanto o vento não lhe seja amigo
Aja com naturalidade; entorne o chorume
E ascenda ao verso plácido do hino – do limo...
Universos serão criados.
Palavra de Poeta!