REZA-SE E NÃO SE COME

E nada!

Nada no que concerne à vala

Cala a boca rala

Em ossos baldios, sôfregos de incesto.

Quando pára...

Cega a tela que tinge

Rompe o estro difamada esfinge

Sabendo, raspando, sorvendo.

No cume

No vértice miúdo, o ciúme

O cálice mergulhado e limoso

Sobre o catre mais prenhe.

Deita na noite pastosa

A meia-irmã da lustrosa

O absurdo incorpóreo e prostrado

Ante o vezo de ousar e de rezar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 26/09/2008
Código do texto: T1197347
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