A VIRGEM NO CEMITÉRIO

Pouca náusea, nauseabundo

Gosto de páprica, fim do mundo

Vai ardendo mais a fundo

Sempre atento – alívio!

Extremamente

A ordem das coisas

Exasperado, literal e murcho

O saco assado, dormindo dentro

Do precipício, até jorrar.

Não sabe mexer, nem alterar

Somente a seco não pode dar

Se sim, que o torne feito – com jeito

Mas um pouco e finda o pejo.

À certa hora – hora certa – saliva e goza

O homem puro, a moça rosa

Que na lápide honrosa

Por toda a vida, no luar prateado.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 01/10/2008
Código do texto: T1206560
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