Bebendo a solidão dos poetas

Quero nesta hora beber a ilusão, estar reservada para a solidão - o obscuro desejo do escritor de escutar o silêncio para descrever sensações. Não é o cheiro da desolação que procura minha´l(a)ma?

Recolher-me tem sido um chamado latente para que meu foco esteja na busca das palavras certas. (Tarefa difícil essa, que exige um suor concentrado). A escrita me chama agora para um isolamento profundo, mergulho por um caminho obscuro que preciso entender emergindo.

Nas paredes do veludo trasparecerei a maciez. Abraços não me interessam agora, pois preciso do corpo livre, desfazendo-se para o movimento.

Quando estiver bêbada de solidão, deixarei a poesia pousar na pele como uma asa a me proporcionar novos vôos em outras rotas com novas companhias.