“MEU GRANDE AMOR”.
       
 
Nós dois sozinhos na madrugada, olhávamos a lua, que subia devagar; a onda branca que cobria a areia, e a extensão daquele mar... O céu era azul turquesa, estrelado, eu via a felicidade estampada no teu rosto, os seus olhos pareciam dois lagos... E a sua boca convidava-me a beijar. As suas pequeninas mãos acariciava-me, e aquecia o meu peito.
Esquecíamos a lua por instantes... Éramos sós dois amantes, éramos sós dois jovens a sonhar; murmurávamos palavras de carinho, fazíamos promessas de amor, não existia ali o amanhã, não existia passado só presente; nada nem ninguém desviavam os nossos pensamentos... Atraídos e entrelaçados... Só existíamos ali nós dois.
Ah! Quanta felicidade! Quantos sonhos quanto amor! Que sorriso lindo você tinha, a sua voz parecia de outro mundo... Eu tinha medo de perdê-la... Eu tinha medo de acordar daquele sonho, não... Não era sonho era real, não era um fantasma, era você.
Ainda hoje eu olhei para os teus olhos, teus lábios, aquele sorriso estava ali, um tanto enrugado, mas era o mesmo sorriso, o mesmo olhar... A mesma voz, um pouco tremula, as suas mãos ainda pequeninas; o mesmo abraço forte, o mesmo cheiro de outrora... É você meu grande amor! Só o tempo foi-se embora.
Corre o mesmo sangue em nossas veias, o mesmo espírito domina os nossos corações, ainda temos os mesmos gostos, ouvimos as mesmas canções... Somos dois velhos adolescentes, só os nossos corpos envelheceram... As nossas mentes são modernas, as nossas almas seguirão uma a outra eternamente... Para todo o sempre!