NO VALE DA ESPERANÇA

 


Vejo que o vale está calmo
as águas do rio aquietaram-se
os galhos das árvores não balançam
o vento emudeceu
o universo parece estratificado.
Como entender esta desesperança?
O coração não quer libertar-se
da dependencia do medo...
de amar por medo de sofrer
mas sofre por medo de amar.
Já não quero voar baixinho
como se seguisse o deslizar da folha
...seca
que sem destino, segue o caminho
...do vento
e movimenta-se no ritmo de sua velocidade
Não quero povoar o vale da desesperança
tampouco me desfazer n'algum lugar
como o rio perde a si mesmo
ao se encontar com o mar.
E, quando eu morrer,
deixe-me voar bem alto...
não me sobreponha vestes cinzentas
porque minha áurea brilhará - eternamente
no vale da esperança.
Porque...
será em teu coração que existirei
...eternamente.

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 29/11/2008
Reeditado em 14/08/2023
Código do texto: T1309671
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