MINHA EXISTÊNCIA

Do meu passado cheio de gente, o cheiro de aguardente abluía

Entendia que o futuro haveria.

Todas dez horas foram hipócritas

Gemendo, gemendo.

Enfurecidas estrelas nuas quase despidas outorgavam-me

Outrossim, clamando e babando pelas minúcias reveladas.

Recordo-me das cinzas como carpetes servis

Algo muito além das bolas caleidoscópicas de Natal.

Inverno e nau; inferno e tal

Sem pedir licença, por debaixo da labareda e de toda a ausência.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/12/2008
Código do texto: T1315173
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