Uma Noite de Luar

UMA NOITE DE LUAR

Sonhei... sublimes sonhos

ainda sonho dias tão diferentes

noites estreladas encontro idílico eclipsado

ao acordar, que tormento sonho estrela

fica carbonizado

Não desisto de sonhar não há quem possa tirar

não há quem possa tirar ser humano sublime

auto-engano dá alento desvia amargo cinzento

acrimoniosa verdade, real bombadas no coração

esfrangalha nervos destroça autênticas emoções

Quero sonhar parece esta ser companheiro certo

já que sob a realidade pequena, acuada, tímida sofrida,

monte de enganos

A vida é toda sonho se acreditamos

em algo mais que pisar terra a terra chão a chão

fugaz é a realidade não o sonho

brilha, comove, endeusa dilata o sentimento

pequeno, humano nos faz viver de novo

Não quero deixar de sonhar tentei expulsar

estreita, frustrada tudo dificultado ao sonho

dilatar temporariamente cheguei acreditar

naquele sonho, sentir novamente uma noite de luar

Outras vezes joguei-o fundo do mar

endurecendo, retorcida estranho estoicismo

revoltei-me comigo mesma

O sonho é tão bonito a ninguém prejudica

Aí exclamei comigo mesma: doa em quem doer

Quase morri de tanto racionalizar

Nada vale a pena deixarmos de sonhar!

maria do socorro cardoso xavier
Enviado por maria do socorro cardoso xavier em 31/03/2006
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