Tradução da liberdade

Verá em pouco tempo, uma noite linda, limpa, pois uma tempestade está a caminho.

Lavará a alma, abafará os anseios, velará o meu sono.

Hoje as portas e janelas não se fecharão, deixe a energia circular, deixe eu te amar, só por hoje, até eu acordar, porque depois nada mais restará, nem nós, hoje sós.

Um furacão nos separa, mas não impede nossas decisões.

A solidão é a liberdade de gotas abruptas que rasgam o chão, infiltram as mais secas terras,duras, fechadas, vazias...

Retornando-as à vida, nos dão flores, mostraram o impossível, impossível porque nasceu, mas não continuará irrigada e em breve morrerá, pois as gotas ali não querem ficar, querem girar, se elevam, vão aos céus, mas antes, se arderam, para então evaporar.

À flor, resta lutar na terra quente e sobreviver.

NÃO! Não fale mais dela, quero viver, quero chover, me deixe molhar outras, viver a cada dia novas vidas, não sou vulgar, apenas sei amar diferente todos os dias.

Por isso sou feliz, e fujo tranqüilamente do furacão que quer me retornar, fazer molhar a mesma flor, contar. Mas como justificativa, presto contas irrigando outra, que ela não sabe ainda, cega pela felicidade, que será apenas mais uma, não menos feliz, pois não sou a última gota, antes de chover assim e retornar variadas vezes, me chamavam de lágrima, sim, esta que você agora deixa cair, mas não verá mais pensando que secou, mas possua calma, pois em breve volto para ser ao menos suor...