TALVEZ

Talvez não seja silêncio o que escutas… talvez seja o momento da plenitude do voo...

O desvendar enigmas escondidos nos tesouros da alma…

Talvez sejam as melodias do infinito que ouves nas ternuras do vento.

Na melopeia desse silêncio, no toque das nuvens de seda que te abraçam no leito azul das auroras boreais … talvez ainda continues assim adormecido… talvez ainda sonhes o indecifrável dos mistérios.

Nos ritmos ondulantes das brisas etéreas que nos aconchegam saudades, nos suspiros da lua e nas canções das estrelas... eu desatarei os nós das hesitações… e banhar-me-ei nas cascatas dos teus murmúrios que me cantam poemas dos longínquos horizontes do Tempo.

Acordarás assim... embalado pela música das alvoradas, sentirás as constelações dos teus desejos…

Experimentarás os beijos celestiais das Primaveras...Ver-me-ás sobrevoar o jardim dos teus sentidos… declamando os versos de amor que ainda não escreveste.