A EPOPÉIA MAGNÍFICA DO VIVER

E no frigir, a lona

Sem tinir, a alma

Pálida e roçadeira.

Dentre forças, insipiente mel

Das seringueiras, do pouco fel

Que se esvai aos goles.

Fúrias descorticadas, semi-nuas

No apelo que maltrata o desdém

O medo, o ódio e a mágoa de outrem.

Nada disso navega tanto

Não segreda, pois, reles pranto

À parcimônia transfigurada e muda.

Mais água gélida e turva

Mais molho na infusão do chorume

Tais lendas à epopéia magnífica do viver.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/02/2009
Código do texto: T1417778
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